Em Janeiro bebo o vinho. Em Fevereiro como o po. Nem que chovam picaretas. Hs-de cair, Rei-Milho. Adeus, cidade do Porto. Adeus muros de Custias. Cantando chuva e ao vento.
Diga amigo Miguel. Como est voc?. Em todo o Xipamanine. J ningum o v. Vou dar-lhe a minha viola. Para tocar outra vez. O seu valor um dia. Voc mostrou.
Diga amigo Miguel. Como est voc?. Em todo o Xipamanine. J ningum o v. Vou dar-lhe a minha viola. Para tocar outra vez. O seu valor um dia. Voc mostrou.
Somos filhos da madrugada. Pelas praias do mar nos vamos. procura de quem nos traga. Verde oliva de flr no ramo. Navegamos de vaga em vaga. No soubemos de dor nem mgoa.
Somos filhos da madrugada. Pelas praias do mar nos vamos. procura de quem nos traga. Verde oliva de flr no ramo. Navegamos de vaga em vaga. No soubemos de dor nem mgoa.
Fragncia morena. Portal de marfim. Ondina aucena. Chamando por mim. Cantiga do monte. Clareira do ar. Danando na nuvem. Mudando em mar. Na flor da montanha.
Matar-te a sede uma vez. No penses nisso se s homem. Faz o mesmo que este fez. A regra dente por dente. Ningum atende excepo. S os loucos no aprendem.
Eu marchava de dia e de noite. Mais do que um dia de avano ganhei. S o forte tem sorte. Para o fraco o chicote. Mais que um dia de avano ganhei. Mais que um dia de avano ganhei.
para Urga. Que a gente vai. Para Urga caminho. Caminho para l. Em Urga os bandidos. No me ho-de apanhar. Eu hei-de vencer. Eu hei-de vencer. Entre mim e Urga.
(Emigrantes). Vieram cedo. Mortos de cansao. Adeus amigos. No voltamos c. O mar to grande. E o mundo to largo. Maria Bonita. Onde vamos morar. Na barcarola.
Dorme meu menino a estrela d'alva. J a procurei e no a vi. Se ela no vier de madrugada. Outra que eu souber ser pra ti. Outra que eu souber na noite escura.
Muitos sis e luas iro nascer. Mais ondas na praia rebentar. J no tem sentido ter ou no ter. Vivo com o meu dio a mendigar. Tenho muitos anos para sofrer.
(Emigrantes). Vieram cedo. Mortos de cansao. Adeus amigos. No voltamos c. O mar to grande. E o mundo to largo. Maria Bonita. Onde vamos morar. Na barcarola.
Muitos sis e luas iro nascer. Mais ondas na praia rebentar. J no tem sentido ter ou no ter. Vivo com o meu dio a mendigar. Tenho muitos anos para sofrer.
Dum boto de branco punho. Dum brao de fora preto. Vou pedir contas ao mundo. Alm naquele coreto. L vai uma l vo duas. Trs pombas a descansar. Uma minha outra tua.
Pregais o Cristo de Braga. Fazeis a guerra na rua. Sempre virados pr cu. Sempre virados pr Virgem. A Santa Cruzada manda. Matar o chivo vermelho. Contra a foice e o martelo.
Baa de Guanabara. Santa Cruz na fortaleza. Est preso Alpio de Freitas. Homem de grande firmeza. Em Maio de mil setenta. Numa casa clandestina. Com campanheira e a filha.
Baa de Guanabara. Santa Cruz na fortaleza. Est preso Alpio de Freitas. Homem de grande firmeza. Em Maio de mil setenta. Numa casa clandestina. Com campanheira e a filha.
Ali est o rio. Dois homens na margem esto. Se um d um passo o outro hesita. Ser um valente? O outro no?. Bom negcio faz um deles. Tem o triunfo na mo.
Ali est o rio. Dois homens na margem esto. Se um d um passo o outro hesita. Ser um valente? O outro no?. Bom negcio faz um deles. Tem o triunfo na mo.